Sindicatos querem revogação de Decreto governamental que racionaliza gastos
Foto Chapinha Paes
“Nós até sabemos da necessidade de controle dos gastos públicos em decorrência da crise financeira que o País atravessa, mas adotar medidas que vão tirar direitos de servidores, ao invés de valorizá-los, não vamos admitir”. Esse foi o desabafo feito pelo diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Executivo do Estado de Rondônia (Sintraer) na tarde desta quinta-feira 12.05 durante reunião com o deputado estadual Maurão de Carvalho, na presença de outros sindicatos representativos do serviço público estadual.
Além de pedir a suspensão do decreto, os sindicalistas que se reuniram nesta manhã no auditório do Sinjur (Sinjur, Sintec, Febrafisco, CSB, Sindafisco, Seater, Sintraer, Sintero e Sindsaúde), pleitearão o agendamento de uma audiência pública para tentar dialogar com o Governo.
Já que a pauta é economia, alguns líderes sindicais já sinalizaram que vão sugerir cortes em cargos CDS e até redução de salários do próprio governador e de seu secretariado. O diretor nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Paulo Duran, diz que pedirá que seja feito levantamento econômico dos últimos meses para contrapor os dados apresentados pelo
A reunião dos sindicalistas era para pedir a intervenção do Legislativo junto ao Governo do Estado a favor da revogação do Decreto 20.858, de 9 de maio de 2016, que “Estabelece no âmbito da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional, normas e medidas complementares de racionalização do gasto público e dá outras providências”. O Decreto foi muito mal recebido pelos servidores e pelos entes representativos porque não resolve o problema de gestão do Governo que mais uma vez quer empurrar uma conta para o contribuinte.
O deputado Maurão de Carvalho (PMDB) disse que irá ter uma conversa com o Chefe da Casa Civil, Emerson Castro para que a situação seja revista, ou pelo menos discutida. Já o deputado Jesuíno Boabaid deixou claro que se até a próxima terça-feira o dispositivo não for revogado, o Legislativo assim o fará.
A presidente do Sintraer, Mirtes Feitosa, também se pronunciou na reunião. Segundo ela, o Governo quer enxugar a máquina em 25% às custas dos trabalhadores e questiona a medida extrema de como o Executivo que cortar gastos. “Ele deveria rever o excesso de cargos comissionados existentes antes de mexer com o servidor efetivo”, comentou.



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Fotos Chapinha Paes